Em meio à queda da inflação e dos preços dos alimentos, o ovo de galinha segue o caminho oposto. Segundo o IBGE, o item acumula uma alta de 22,93% nos últimos 12 meses, a maior variação desde 2013.
A alimentação em domicílio teve um avanço de 2,88% no mesmo período, enquanto a categoria alimentos e bebidas acumula uma alta de 4,01%. Com o aumento dos preços da carne e do frango nos últimos anos, o ovo de galinha se tornou uma das principais fontes de proteína para as famílias brasileiras, especialmente as de baixa renda.
Algumas capitais, como Belo Horizonte, Aracaju, Goiânia e São Paulo, registraram variações ainda mais significativas nos preços do ovo.
Essa trajetória de alta contrasta com a maioria dos produtos da cesta do IPCA, que mede a inflação oficial do país. Enquanto o índice de difusão do IPCA caiu para 50% em junho, indicando uma proporção menor de itens com aumento de preços, o preço dos ovos de galinha continuou subindo.
A queda na produção e os altos custos dos insumos, como milho e farelo de soja, têm impulsionado o aumento dos preços. Além disso, os impactos da guerra na Ucrânia e surtos de gripe aviária em diversos países têm afetado a oferta de ovos.