Zé Mota Valença da TV SBUNA. Embora a concepção atual de um
banheiro em casa possa parecer algo normal, boa parte do período Tudor não
dispôs desta ''regalia'', foi apenas no reinado de Elizabeth I que os banheiros
(para os ricos) dentro de casa passaram a ser mais usados. Anteriormente eram
utilizados urinóis ou bacias próprias para esta finalidade, que após o uso,
eram despejadas pelas janelas a fim de evitar odores desagradáveis dentro de
casa.
As ruas Tudor eram fétidas, escuras e úmidas. Ao andar por
elas sentia-se o forte cheiro de urina e fezes, sem falar do lixo. As pessoas
tinham de ter cuidado ao andar pelas ruas, pois podiam ser acertadas com baldes
de dejetos jogados do alto das casas, sim, isto era comum.
As pessoas mais pobres, ficariam felizes em poder urinar ou
defecar em qualquer lugar, na rua, no canto de uma sala ou em um balde. Quando
muito pobre, a pessoa usaria panos velhos ou até folhas para a higienização
devida, enquanto os ricos limpavam-se com pedaços de panos chamados loo’o
jakes. Em Edimburgo, você poderia pagar por um banheiro portátil, que nada mais
era, que um balde coberto por uma tenda.
Os dejetos do Rei eram analisados por médicos, que
cheiravam, tocavam e às vezes experimentavam a fim de detectar alguma doença,
naquela época acreditavam que o corpo humano era composto de 4 humores: O
sangue, a bílis negra, a bílis amarela e fleuma. Uma das formas de detectar
qualquer problema era tendo contato direto com as secreções do corpo...