Observatório de Dinâmica Solar, da Nasa, mostra erupções solares registradas nesta quinta-feira (11) e que liberou partículas devem atingir a Terra neste sábado (Foto: Divulgação/Nasa/SDO) |
Do G1
Erupções ocorridas no Sol nesta semana,
consideradas as mais intensas deste ano, podem provocar até o fim da manhã
deste sábado (13) uma tempestade geomagnética na Terra, que, dependendo da
intensidade, pode afetar sistemas de telecomunicações do planeta e a rede de
distribuição de energia elétrica, segundo cientistas.
Na última quinta-feira (11), a agência espacial americana, Nasa, captou explosões na coroa solar que emitiram no espaço jatos com bilhões de partículas que partiram em direção à Terra. Imagens feitas por equipamentos da agência captaram as explosões. Segundo a Nasa, o aumento no número de explosões solares é esperado para este período, em que o Sol está chegando próximo do pico de seu ciclo de atividade, que dura 11 anos.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de São José dos Campos (SP), a massa liberada pelo Sol viaja a uma velocidade de cerca de mil quilômetros por segundo e deve chegar à Terra nesta manhã.
Na última quinta-feira (11), a agência espacial americana, Nasa, captou explosões na coroa solar que emitiram no espaço jatos com bilhões de partículas que partiram em direção à Terra. Imagens feitas por equipamentos da agência captaram as explosões. Segundo a Nasa, o aumento no número de explosões solares é esperado para este período, em que o Sol está chegando próximo do pico de seu ciclo de atividade, que dura 11 anos.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de São José dos Campos (SP), a massa liberada pelo Sol viaja a uma velocidade de cerca de mil quilômetros por segundo e deve chegar à Terra nesta manhã.
(Correção:
ao ser publicada, esta reportagem informou erroneamente que a velocidade da
massa liberada pelo Sol viaja a uma velocidade de mil quilômetros por hora. O
erro foi corrigido às 11h40.)
No entanto, ainda não há
como saber se ela provocará uma tempestade geomagnética e, caso isto ocorra, se
terá tamanha intensidade a ponto de afetar equipamentos terrestres ou apenas
provocará fenômenos como as auroras boreal e austral, um "show
natural" de luzes coloridas que podem ser acompanhadas em regiões próximas
aos polos Sul e Norte.
Explosões solares captadas na última quinta-feira (11) por instrumentos da agência espacial americana (Foto: Divulgação/ESA/NASA/SOHO/GSFC) |
“A tempestade pode ser de
dois tipos. Se a nuvem geomagnética estiver na mesma direção do campo magnético
da Terra, os efeitos serão mais brandos e podem provocar apenas auroras. No
entanto, se a nuvem de massa solar vier na direção oposta ao campo magnético
terrestre, aí ocorrem tempestades geomagnéticas”, explicou o pesquisador José
Roberto Cecatto, da divisão de astrofísica do Inpe.
O fenômeno é medido em
uma escala que vai de G1 a G5 – em que G5 é o nível mais forte. Ele não tem
impacto direto sobre as pessoas nem sobre a natureza, mas pode afetar o
funcionamento de satélites, GPS e redes de energia.
Além disso, a
interferência causada pela radiação solar pode fazer com que algumas companhias
desviem rotas de voos próximos aos polos.
“Essa nuvem não é uma das
maiores já registradas, mas também não pode ser desprezada. Ela deve gerar
alguns efeitos moderados no Brasil, como algumas perturbações na rede de
distribuição de energia elétrica, de moderada intensidade. Os efeitos mais significativos
podem ocorrer nas altas latitudes”, explica o pesquisador.
Os equipamentos do
Programa de Estudo e Monitoramento Brasileiro do Clima Espacial, ligado ao
Inpe, que estão instalados na cidade do interior paulista deverão acompanhar o
fenômeno neste sábado.