Sim,
2012 parece ser finalmente o ano que vai marcar o início do merecido
reconhecimento público da obra de Gilvan Lemos. Em fevereiro, o escritor de São
Bento do Una assumiu a cadeira 26 da Academia Pernambucana de Letras, e agora
seu romance Os olhos da treva ganha uma merecida reedição, que, espera-se, deve
marcar a volta de suas obras às prateleiras das livrarias. Em 2013, sua obra
vai ser mais uma vez prestigiada: a Bienal Internacional do Livro de Pernambuco
acabou de anunciá-lo como homenageado principal da sua 9ª edição.
O
anúncio foi feito na quinta (7/12) pela Cia de Eventos, que organiza a Bienal.
Além de Gilvan, outros quatro nomes serão celebrados na programação: o do
escritor Antônio Maria (in memoriam), o dos editores Tarcísio Pereira e José
Cortez, e o do livreiro Eurico Barros e Silva (in memoriam).
Apesar
de ter nascido em São Bento do Una, Gilvan mora no Recife desde 1949. Com 84
anos (terá completado 85 na época da Bienal), o romancista e contista é um autor
recluso, mas bastante reconhecido pelos seus pares e pela crítica literária.
Segundo
Rogério Robalinho, coordenador do evento, um dos intuitos da edição de 2013 é
também estar de olho no crescimento do mercado de livros no Brasil, que será
ainda mais exposto na Feira de Frankfurt, que homenageia o País em 2013. A
Bienal de Pernambuco já havia anunciado seu tema, Literatura, futebol e
identidades nacionais, e também a data em que acontecerá: entre 4 e 13 de
outubro.
Para o
jornalista e crítico literário Schneider Carpeggiani, curador desta edição do
evento junto com Wellington de Melo, o desafio é trabalhar com o formato das
Bienais de Livro quando elas estão passando por mudanças. Assim, um dos
intuitos da edição de 2013 é tentar misturar menos os dois públicos da Bienal:
um que se interessa mais em comprar as obras na feira e outro que vai mais
assistir aos debates. A ideia inicial é concentrar as mesas à noite, para
manter o perfil de consumo e também não esvaziar as conversas.