Do G1
A conselheira também informou que tentava encontrar uma clínica para a internação da garota. A menina morava com a mãe, o padrasto e a avó. Ela saiu de casa no dia 26 de maio e disse que iria a uma festa. Ela nunca mais voltou.
De acordo com o delegado Enrique Rocha Solla, responsável pelo caso, foi constatado que as três amigas namoravam traficantes da região e eram usuárias de drogas. Ele relatou que, em depoimento, as duas meninas que foram apreendidas disseram que tinham medo de que a mais nova passasse informações sobre a venda dos entorpecentes a uma facção rival.
Na tarde do dia 27 de maio, as três meninas saíram para assistir a um jogo de futebol em um campo próximo à Mata do Japonês, na cidade. Mas, de acordo com o depoimento das adolescentes, o objetivo era atrair a vítima e dar um susto nela. As garotas também relataram aos policiais que a situação se descontrolou quando colocaram uma faca no pescoço da vítima e esta se feriu ao tentar reagir contra as agressoras. Neste momento, elas teriam decidido matá-la.
Uma barra de ferro foi usada para golpear a vítima. Em seguida, elas contaram à polícia ter usado uma faca para abrir o corpo e retirar o coração. “Elas chutaram a garota e enfiaram a faca nas costas dela. Segundo o depoimento, esta facada não teria surtido muito efeito. Elas empurraram ela no chão e passaram a golpear com a barra de ferro a cabeça da menina”, explicou o delegado.
A polícia encontrou a barra de ferro no local indicado pelas meninas e a faca ainda é procurada. Elas disseram ao delegado que não receberam ajuda para cometer o crime. “Nós ainda vamos apurar para ver se existe a possibilidade de um mandante, a participação de mais alguém, mas as informações que elas passaram para nós todas estão batendo”, disse.
Os policiais se mostraram chocadas com a reação das garotas. “Elas não mostraram em nenhum momento arrependimento”, contou Solla. As adolescentes estão apreendidas no Centro de Reeducação São Jerônimo, no bairro Horto, na Região Leste de Belo Horizonte, após uma medida socioeducativa de internação provisória de 45 dias. Segundo o delegado, elas podem permanecer internadas por, no máximo, três anos.