Pesquisa divulgada nesta quinta-feira pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) mostra que, em 2009, 14,1 milhões de pessoas compraram pela internet – 19% do total de internautas daquele ano, que foi de 73 milhões.
As classes A e B foram as principais responsáveis pelo consumo, representando 92% do volume de aquisições. Na opinião do técnico de planejamento e pesquisa do Ipea, Luís Claudio Kubota, o fácil acesso a rede faz com que essas classes consumam mais.
“Os resultados mostraram que ter acesso a internet na própria residencia aumenta a probabilidade do usuário comprar produtos online em relação a indivíduos que acessam a internet por meio de lan-houses ou telecentros. E quanto maior o nível social, maior a tendência da pessoa ter computador em casa com acesso a internet”, afirmou.
De acordo com a pesquisa, há um percentual maior de indivíduos que já compraram produtos e serviços pela internet nas áreas urbanas (20%), em relação às áreas rurais (9%), e na região Sudeste (23%), em comparação à região Nordeste (12%). Há uma maior proporção de homens (22%) em relação às mulheres (17%).
Em relação a faixa etária desses consumidores, as pessoas mais velhas tem maior probabilidade de comprar online do que os mais jovens. De acordo com a pesquisa, a população entre 35 e 44 anos foi responsável por 29% das compras pela internet.
A pesquisa também apresentou estatísticas sobre o comércio varejista online no Brasil. O número de lojas que utilizaram a internet como um dos canais de venda passou de 1.305 em 2003 para 4.818 em 2008, crescimento de 269%. A receita obtida aumentou de R$ 2,4 bilhões em 2003 para R$ 5,9 bilhões em 2008, aumento de 145%.
Por outro lado, o número de empresas que utilizam a internet como canal de venda e a receita obtida por este canal são inexpressivos, quando comparados ao total do varejo brasileiro. As 4.818 empresas que vendiam pela internet correspondiam a apenas 0,4% do total de empresas varejistas, e sua receita pela internet era inferior a 1% do total da receita do varejo. Em outras palavras, a taxa de crescimento é elevada, mas a base ainda é muito pequena em relação ao total do setor.
Para realizar a pesquisa, o Ipea utilizou dados da TIC Domicílios de 2009 e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
MSN
Da redação TV SBUNA