O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta terça-feira (3) que o aumento do salário mínimo em 2012 não preocupa e pode chegar a 14%. Atualmente, o salário está em R$ 545 e com o reajuste subiria para R$ 621,30.
Segundo ele, "é coisa do passado" pensar que o aumento do salário gera pressão inflacionária. O ministro defendeu em audiência pública na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado que, se a economia estiver equilibrada, ela suporta o reajuste do salário mínimo.
- Aumento do salário mínimo é mercado, é consumo, é estímulo à produção e ao investimento. É possível um reajuste de 13% a 14% em 2012, até porque este ano não teve aumento real. É preciso conciliar desenvolvimento social com desenvolvimento econômico.
O ministro, no entanto, destacou que é preciso ter cuidado para manter o equilíbrio das contas da Previdência no longo prazo. Segundo ele, o déficit no INSS tem caído. Já foi de 1,8% do PIB (Produto Interno Bruto) e caiu para 1,2% do PIB.
- Aumento do salário mínimo é mercado, é consumo, é estímulo à produção e ao investimento. É possível um reajuste de 13% a 14% em 2012, até porque este ano não teve aumento real. É preciso conciliar desenvolvimento social com desenvolvimento econômico.
O ministro, no entanto, destacou que é preciso ter cuidado para manter o equilíbrio das contas da Previdência no longo prazo. Segundo ele, o déficit no INSS tem caído. Já foi de 1,8% do PIB (Produto Interno Bruto) e caiu para 1,2% do PIB.
Câmbio
Mantega afirmou também nesta terça-feira (3) que nenhuma medida para conter o câmbio está descartada, mas evitou comentar qualquer provável ação porque o fator surpresa é muito importante pra a eficiência das medidas do governo nessa área, segundo o ministro.
Mantega também argumentou que o dólar estaria na sua cotação mais baixa, ou seja, a valorização do real não é apenas um fator interno, ela reflete o cenário internacional.
- Não é que o real se valorizou tanto. É que o dólar se desvalorizou muito. Em comparação ao euro, só valorizamos 14% nos últimos anos, o que é compatível com os fundamentos da economia.
Restos a pagar
As obras e serviços inscritos em restos a pagar de anos anteriores foram cancelados porque são "uma despesa fictícia", na avaliação do ministro da Fazenda. Na semana passada, o governo editou um decreto cancelando os restos a pagar de 2007 e 2008, que foram empenhados, mas cujas obras ou serviços não foram iniciados até o dia 30 de abril deste ano, e concedeu dois meses a mais para que restos a pagar de 2009 comecem a ser pagos.
O ministro alegou que essa conta aumentou nos últimos anos porque também aumentou o volume de emendas parlamentares e outras iniciativas e projetos.
- O governo tem que fazer uma limpeza daquilo que foi empenhado [dinheiro reservado para obras], mas não andou. Não podemos ficar carregando essa massa de restos a pagar.
Da redação TV SBUNA